Empresas agora buscam o apoio das polícias e de outros organismos fiscalizadores
Os proprietários de locadoras de vídeo e lojas de CD de Marechal Cândido Rondon voltaram a cobrar, esta semana, maior fiscalização no combate ao comércio de produtos piratas. Na tarde da última segunda-feira (19), os empresários estiveram reunidos na Acimacar, com diretores da Associação Comercial e com a assessoria jurídica da entidade. Na reunião foram discutidas formas de como os empresários podem agir para combater a pirataria no município. A Acimacar também está disposta a colaborar com as videolocadoras no desenvolvimento de uma campanha de esclarecimento e de orientação sobre os riscos que envolvem a venda e a compra de produtos piratas.
Nesta terça-feira (20), foram realizadas audiências dos representantes de videolocadoras com o delegado Sérgio Cantarelli e com o comandante da Polícia Militar, Capitão Wellyngton Alves da Rosa. O objetivo foi buscar o apoio dos organismos policiais no combate ao comércio dos produtos pirateados.
Após estes contatos, os empresários decidiram por convidar os representantes de entidades e órgãos fiscalizadores para uma reunião na próxima semana. Neste encontro, pretendem ser apresentados números do que a pirataria representa em termos de prejuízos para a economia e discutir, em conjunto com as autoridades, uma solução para o problema.
Conforme os empresários, a proximidade com o Paraguai facilita ainda mais a pirataria. Dados da União Brasileira de Vídeo demonstram que as perdas causadas pela pirataria são estimadas em cerca de 35% do mercado legal. Os empresários do setor observam que, além da baixa qualidade, estes produtos oneram o mercado audiovisual, dificultando investimentos e trazendo prejuízos diretos, não só para as videolocadoras, mas para a sociedade como um todo devido a diminuição do número de empregos na área.
Para auxiliar no combate à pirataria, as videolocadoras já contam com o apoio da União Brasileira de Vídeo, que disponibiliza o disque-denúncia (0800-113941), para que qualquer cidadão denuncie, de forma anônima, a pirataria. Vários casos denunciados em cidades próximas a Marechal Cândido Rondon resultaram em apreensão da mercadoria falsificada, na cassação de alvará de funcionamento e, inclusive, na prisão de pessoas que vendiam estes produtos.