A força, a pujança e a articulação do cooperativismo foram o centro dos debates da sexta reunião executiva da Caciopar, realizada no último sábado (24) em Palotina, e que contou com participação de líderes cooperativistas, empresariais e políticos de todo o Oeste. “Precisamos da força das cooperativas e de todos os setores organizados para conseguir melhor infraestrutura e mais investimentos em pesquisa e em inovação”, disse o presidente da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste, Mario César Costenaro, na abertura dos trabalhos.
O presidente da Acipa (Associação Comercial e Empresarial de Palotina), Albertinho Dondoni, afirmou que o tema, diante da história do município, é dos mais pertinentes. “A exemplo do que faz com Palotina, o cooperativismo ofereceu e dá intensa contribuição ao processo de desenvolvimento de toda a região”. O presidente da Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná), Rainer Zielasko, entende a cooperação como a chave para o sucesso do Oeste e de outras grandes regiões produtoras do Estado. “Mas para que o processo tenha ainda mais força, precisamos de investimentos estruturais e de uma carga tributária mais justa”.
O presidente da Frimesa, Valter Vanzella, informou sobre a história e apresentou números de uma das maiores empresas do segmento do Paraná e do Brasil. Ela atua há 35 anos e atualmente tem em sua composição Primato, Copacol, Lar, Copagril e C.Vale. O foco dela é a industrialização de carnes e leite, mas também atua nas cadeias de gado e frango. A previsão para 2013 é de faturamento de R$ 1,5 bilhão, que deverá saltar para R$ 2,2 bilhões em 2017 com resultado de R$ 80 milhões. São mais de 3,5 mil produtores de leite e 811 de suínos integrados. Vanzela informou sobre a localização das indústrias e dos empregos que geram, hoje acima dos cinco mil. Somente de leite, a recepção chega a 600 mil litros por dia.
Cotriguaçu
O presidente da Cotriguaçu, Alfredo Lang, também informou sobre a história da empresa, que tem como prioridade ações na área da logística. As filiadas são a C. Vale, Copacol, Coopavel e Lar, que contam, entre outros, com moinho de trigo em Palotina, com terminal portuário em Paranaguá e com unidade de armazenamento de congelados recentemente inaugurada em Cascavel. A estrutura que ela mantém no porto movimentou 2,7 milhões de toneladas no ano passado.
Juntas, elas têm 30.971 cooperados, ou 23% de todos os filiados ao sistema cooperativista do Estado. São 24,4 mil funcionários, ou 40% dos empregos gerados por esse modelo de cooperação no Paraná. Associadas, têm faturamento anual de R$ 8,6 bilhões e que deverá chegar a R$ 10,5 bilhões no exercício de 2013. A capacidade de armazenagem que elas têm chega a 4,3 milhões de toneladas, 39 mil toneladas de congelados e respondem pela recepção de 5,5 milhões de toneladas de grãos. Juntas, as quatro contam 2.927 aviários, com abate diário de 1,15 bilhão de frangos.
Sicredi
O presidente da Sicredi Vale do Piquiri, Jaime Basso, informou sobre a expansão da cooperativa de crédito que está há 25 anos no mercado. De apenas 35 fundadores, hoje ela conta com 51 mil cooperados e está nas regiões Oeste, Central e Noroeste do Paraná, além do A, B, C e D paulista. Ela cobre uma área com 3,2 milhões de habitantes e o volume de crédito comercial que deverá ser liberado em 2013 vai superar a casa de R$ 1 bilhão. “A cada quatro anos, nossa cooperativa dobra de tamanho”, afirmou.
O encontro do último sábado marcou também a apresentação do tema O terceiro setor e a Caciopar, feita pela coordenadora de Responsabilidade Social da Coordenadoria, Lucineia Queiroz Pereira. Ela apresentou a logomarca e o objetivos da ação, que busca envolver as associações comerciais no crescimento e na valorização de entidades filantrópicas, assistenciais e comunitárias. A reunião executiva contou também com a presença do prefeito de Palotina, Jucenir Stentzler, dos deputados federal Dilceu Sperafico e do estadual Duílio Genari, além de outros líderes.