O ex-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar) da gestão 1991/1992, Miguel Fernandes Reichert, faleceu na noite de ontem (09), em decorrência de acidente motociclístico ocorrido há 19 dias atrás.
Miguel estava em um estado clínico grave com várias lesões e a pior delas uma fratura de duas vértebras da coluna, em que foi necessária a intervenção cirúrgica e o coma induzido, realizado no Hospital Bom Jesus, de Toledo. Porém, devido a outros problemas como no pulmão, não foi possível conter uma pneumonia e ele não resistiu.
O radialista era um dos mais antigos na profissão em Marechal Rondon, participativo e engajado na comunidade. Foi integrante do Rotary, chegou a eleger-se vereador e presidente da Câmara Municipal, mas não seguiu na vida política. Miguel também foi músico e comerciante. Atualmente, trabalhava na Rádio Difusora.
Trajetória associativista
Na Acimacar, Miguel entrou para a diretoria da entidade em 1989, quando o então presidente Itamar Dall’ Agnol convidou-o para participar de sua chapa como secretário na gestão 1989-1990. Na gestão seguinte, Miguel foi o vice-presidente da entidade em que Vitor Giacobbo era o presidente. Até que em 1991, foi convidado para liderar e aceitou o convite.
Com sua equipe fundou o Conselho da Mulher Empresária, segundo ele motivo de orgulho e alegria. Também em sua gestão foi realizada a primeira ampliação na antiga sede da entidade, criado o Fundo de Desenvolvimento do Município, além de encabeçar a lutar para aumentar o índice de participação dos royalties. Ainda organizou as despesas e custos de diretores em relação à participação em viagens e eventos, pois até então os próprios diretores arcavam com as despesas, mas muitas vezes enfrentavam dificuldades.
Miguel também foi coordenador na Coordenadoria das Associações Comercias e Empresarias do Paraná (Caciopar) e secretário do Conselho dos Lindeiros de Santa Helena.
Legário Gilberto Von Muhlen (Beto), um dos atuais diretores da Acimacar, que já integrava a diretoria naquela época e conviveu de perto com o ex-presidente, declara que a perda de Miguel será sentida pela comunidade rondonense.
“Ele era uma pessoa extremamente competente que vai deixar saudade por levar a sério tudo o que fazia, sempre honesto, sábio e exigente, era competente e contribuiu muito com a Acimacar para chegar ao que é hoje. Sempre foi envolvido na vida profissional, com a família, na vida espiritual, com seu grupo de motoqueiros e só fez amigos por onde passou. Com certeza ele fará muita falta para a comunidade e para as pessoas mais próximas”, diz Beto.
O presidente da Acimacar, Paulo Rodrigo Coppetti, lamenta a perda. “Tanto para a família e amigos que o conheciam muito bem e o admiravam, como para nós, pelo serviço que realizou em prol do município é uma perda muito grande, afinal, são pessoas como esta que o mundo precisa. Ficam nossos sentimentos à família.”
Em determinada entrevista Miguel declarou entender que todos vêm ao mundo com uma missão, sem necessidade de fazer algo espetacular, mas sendo autêntico. “Existe no mundo os notáveis e os notórios, os notórios fazem tudo para aparecer, os notáveis tem luz própria, não precisam se esforçar”, dizia ele.
Durante o dia, em luto pelo falecimento do ex-presidente, as bandeiras da entidade permanecem a meio mastro.