O candidato a prefeito de Marechal Cândido Rondon, Dieter Seyboth (PPS), da coligação “União para um Novo Governo” (UNG), encerrou ontem (23) o ciclo de encontros promovidos pela Associação Comercial, Industrial e Agropecuária (Acimacar) com os postulantes ao Poder Executivo. Cada semana os diretores da entidade receberam um candidato para ouvir as propostas. Dieter esteve acompanhado do candidato a vice Valdir Sachser, do deputado estadual Elio Lino Rusch e do coordenador geral da campanha, Vitor Giacobbo.
Primeiramente, o presidente da Acimacar, Sérgio Marcucci, fez a entrega oficial das reivindicações da Associação Comercial ao candidato. Em seguida, Dieter apresentou as principais propostas e disse que todas são exeqüíveis, dando destaque para quatro: construção do Hospital Municipal, Centro de Convivência da Terceira Idade, Teatro Municipal e Anel de Integração.
Em relação ao Hospital Municipal, o candidato voltou a ressaltar que após a realização de uma pesquisa no município, 82,5% da população rondonense pediu melhorias na saúde. “Administrativamente precisamos promover algumas mudanças, como a contratação de mais enfermeiras e médicos, construção do hospital com uma abrangência maior dentro da área de saúde, voltado para quem não tem plano de saúde. A partir do momento em que estaremos beneficiando a população mais carente de Rondon, atenderemos também aos empresários”, afirma.
O Hospital Rondon, de acordo com o candidato, não comporta mais atender pelo Sistema Único de Saúde em conseqüência dos convênios médicos e por isso pediu o descredenciamento. E para instalar uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) microrregional como propõe o adversário político, é preciso antes ter um hospital, explica Dieter. “É utopia achar que é possível implantar uma UTI sem antes ter o hospital, até porque o Poder Público não pode fazer este investimento na iniciativa privada, a não ser que compre um hospital. Como a UTI atende a casos de alta complexidade, os custos para implantá-la e mantê-la serão quase os mesmos que para construir o hospital”, comenta.
No local haveria atendimentos em diversas especialidades médicas, exames de laboratório e raio-x, atendimentos ambulatoriais, medicamentos, leitos para internamentos, centro cirúrgico e centro obstétrico. Os investimentos demandariam recursos na ordem de R$ 5 milhões, incluindo os equipamentos.
Anel de Integração
Para facilitar o escoamento da produção e evitar que veículos pesados transitem pelo centro da cidade, o candidato afirmou que é preciso fazer toda uma remodelação do Anel Viário, hoje intransitável. Além disso, o objetivo, disse, é implantar um amplo programa de pavimentação de estradas municipais com pedras-irregulares. “O projeto prevê a pavimentação das principais estradas municipais. Temos muita reserva de pedras e só falta força de vontade. Não vamos dizer que vamos concluir o Anel de Integração em quatro anos porque isso seria promessa, mas podemos garantir que cerca de 50% da obra é possível fazer”, enfatiza.
Guarda municipal
Para dar mais segurança aos rondonenses, Dieter diz que é preciso implantar a Guarda Municipal e um sistema de segurança com câmeras nos principais pontos da cidade. “A presença policial oferece mais segurança. Com a Guarda Municipal, isso também auxiliará os trabalhos da Polícia Militar”, comenta.
Quadro de secretários
Questionado se já tem definido algum nome de secretário caso seja eleito, o candidato explica que não promete emprego e por isso perdeu a última eleição por uma diferença de 27 votos. “Aqueles que estão comigo e que são capazes serão apresentados para a sociedade avaliar os nomes. Alguns dos secretários que passaram pela prefeitura já foram presidentes da Acimacar e, se foram eleitos para assumir a presidência da Associação Comercial, é porque são capazes e vamos ouvir a entidade na escolha do secretário de Indústria e Comércio. Aliás, sei da importância da Acimacar e desejo que a prefeitura e a entidade sejam parceiras”, destacou.
Demais propostas
Dieter falou ainda sobre o Fundo Municipal de Desenvolvimento (FMD), que, na visão dele, precisa ser tirado do comando do Poder Público; do Centro de Qualificação para o Trabalho; de Choque de Gestão, dentre outros. “O nosso plano de governo não é o que está aí e acabou. Se for preciso mudar alguma proposta, vamos mudar. Se quisermos fazer o Contorno Oeste com asfalto, em vez de pedras-irregulares, poderemos fazer, mas precisamos buscar parcerias para concretizarmos a obra”, finaliza.
Crédito: Maria Cristina Kunzler