Dentre as medidas de estímulo à produção que o governo está estudando incluem a possibilidade de utilizar os R$ 14,2 bilhões, que formam o Fundo Soberano do Brasil (FSB), para financiar os investimentos das pequenas e médias empresas, setor que está sofrendo mais com a crise, informa a Agência Estado.
O governo também deve permitir a ampliação do uso do chamado "cartão BNDES" - distribuído pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Os pequenos e médios empresários usam esse cartão como uma espécie de crédito rotativo pré-aprovado e querem a ampliação dessa linha para pagar tributos e serviços como contas de luz telefone e consumo de água das empresas titulares do benefício.
A proposta de usar o FSB ainda está em discussão na equipe econômica e algumas dúvidas ainda persistem em relação ao melhor uso da poupança formada no ano passado. O governo tem duas alternativas: ou direciona os recursos, que estão depositados no Banco do Brasil, instituição responsável pela gestão do Fundo para financiar investimentos, ou transfere o dinheiro para o Orçamento da União.
Nessa última hipótese, os bilhões do FSB se transformam em receita do governo e ajudam no cumprimento da meta de superávit primário, fixada até o momento em 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB). ORÇAMENTO Essa discussão caba na próxima semana, quando o Ministério do Planejamento divulgará o relatório de receitas e despesas da União. Se a decisão for pelo uso dos recursos do FSB para financiar investimentos, o ministro Paulo Bernardo terá a alternativa de reduzir o volume de recursos contingenciados. Essa pelo menos é a interpretação de técnicos que defendem o direcionamento do dinheiro para o pequeno e médio empresário.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, já anunciou que um dos alvos das novas medidas de incentivo ao setor produtivo será o segmento de pequenas e médias empresas.
Crédito Site G1