Solução para resíduos é apresentada a empresários
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Empresários de Marechal Cândido Rondon, dos mais diversos setores, participaram ontem (12) de reunião na Associação Comercial, Industrial e Agropecuária (Acimacar) para a discussão sobre a destinação correta dos resíduos industriais, comerciais e de prestadores de serviço, de acordo com as leis ambientais em vigência.
Participaram do evento o secretário de Saúde, vice-prefeito Silvestre Cottica, o procurador-geral da prefeitura, Christian Guenther, presidente da Acimacar, Ana Carolina Seyboth Kurtz, bióloga do escritório de Toledo do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e coordenadora de resíduos da regional, Maria Glória Pozzobon, dentre outros.
Conforme o termo de compromisso firmado entre a prefeitura e o IAP, a municipalidade tem até o dia 20 de dezembro deste ano para iniciar a operação do aterro sanitário, o qual precisa ainda ser implantado no município. Esta mesma data é o limite para a utilização do atual lixão e recebimento de resíduos sólidos de qualquer origem.
De acordo com o documento, a prefeitura tem até o dia 09 junho próximo para cessar o recebimento de resíduos sólidos industriais de qualquer classe; de resíduos sólidos perigosos oriundos do comércio e de prestadores de serviços; resíduos com características diferenciadas daquelas do lixo doméstico; de unidades de serviços de saúde e da construção civil.
A municipalidade precisa ainda apresentar um relatório dos estudos do passivo ambiental e a análise de risco para a continuidade dos trabalhos de reciclagem desenvolvidos pela Cooperativa de Agentes Ambientais (Cooperagir) na área do depósito municipal.
Atualmente, em Marechal Rondon, são geradas cerca de 20 toneladas de resíduos por dia.

Parceiro
Segundo o vice-prefeito Silvestre Cottica, desde o ano passado muitas reuniões têm sido realizadas com o IAP e até mesmo com a Cooperagir para solucionar o problema do lixo. “Temos um problema sério com o lixão. O IAP precisa fazer o seu papel, mas também tem sido parceiro do município na busca de uma solução. Por isso, assinamos o termo de ajustamento de conduta”, afirma.

Soluções rápidas
A bióloga do IAP, Maria Glória Pozzobon, ressalta que é preciso soluções práticas e rápidas. Ela menciona que se não for cumprido o que determina o termo, será aplicada multa. “Fomos convidados a auxiliar no repasse de informações aos empresários, tendo em vista da proibição do encaminhamento de resíduos com características diversas da de resíduos domésticos para a área do depósito de lixo municipal. A data (09 de junho) não será mais prorrogada, ou seja, estamos dentro do prazo máximo estabelecido”, alerta.
O espaço para o lixão, segundo a profissional, está extremamente restrito. Por isso, as empresas geradoras de resíduos terão que buscar suas alternativas. “A responsabilidade pelos resíduos, seja qual for, é do gerador. A responsabilidade do município é com o resíduo doméstico, oriundo de residências, também de comércio e prestadores de serviços que tenham características similares a do doméstico. Todo resíduo diverso a isso é responsabilidade do gerador. Este é responsável desde o momento que ele gera o lixo para que não misture, depois para condicionar, dispor para coleta, transporte, tratamento e disposição final, por meio de empresas que são licenciadas para tal fim”, detalha.

Alternativa
Com a reunião de ontem, os empresários tiveram a oportunidade de esclarecer eventuais dúvidas sobre o problema, bem como identificar qual resíduo não será mais recolhido a partir do dia 09 de junho.
A presidente da Acimacar, Ana Carolina, propôs na oportunidade, e a medida foi aceita por unanimidade, que as empresas sejam separadas por sua área de atuação e a partir deste trabalho será identificada qual gera resíduo e precisa contratar uma empresa especializada no recolhimento e destinação correto do mesmo.
Um trabalho semelhante, segundo a dirigente, foi feito há cinco anos com as empresas do setor de saúde. A partir de uma determinação do IAP, os empresários fizeram a contratação de uma empresa em conjunto, e com isso conseguiram negociar o preço do serviço. Desde então, os resíduos oriundos do setor de saúde são recolhidos e é dada a destinação apropriada para os mesmos.
“A reunião é importante para esclarecer o empresariado sobre a legislação vigente a respeito da destinação dos resíduos sólidos das indústrias, do comércio e dos prestadores de serviço. Essa elucidação se faz muito importante porque há uma lei e temos que cumpri-la”, salienta.
Conforme a dirigente, debater este problema é muito significativo porque em conjunto é possível achar uma solução apropriada e mobilizar a melhor negociação, que faça com que os grandes geradores de resíduos não contem com um impacto tão grande na sua operação de negócios, assim como os pequenos possam ter preços mais apropriados para destinar seus resíduos. “Vamos trabalhar pelo princípio do associativismo, e a Associação Comercial vai buscar fazer essa mediação, para que todos possam ganhar com essa aplicação da lei”, afirma Ana Carolina.

Texto e foto: Maria Cristina Kunzler


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